Corrida de Gala
Basicamente o carro dispensa qualquer tipo de apresentação. A Maserati é uma empresa pertencente ao grupo Fiat e, dentre o meio automobilístico, é conhecida como “a porta de entrada para uma Ferrari”. Apesar de toda a verdade do dito popular, este também não é de todo verdadeiro. Aqueles que buscam uma Maserati, buscam também um pouco mais de conforto e glamour com bastante potência em doses cavalares, sem ser ignorante.

Baseada nestas premícias, a fábrica decidiu apostar em uma competição com seus carros de linha. Buscou na versão GranSport sua base e manteve o mesmo motor V8 a 90° de 4.244cc re-trabalhado para gerar 430cv @ 7.000Rpm, transmitidos às rodas por meio de um câmbio Maserati CambioCorsa F1 com acionamento eletro-hidráulico e comandos atrás do volante. Com o uso de uma suspensão específica para pista, a carroceria foi rebaixada em cerca de 4cm com o uso de amortecedores Koni reguláveis, assim como as barras estabilizadoras.

As rodas são as mesmas da versão de rua de medidas 8,0x19” na dianteira e 9,5x19” na traseira modificadas para cubos rápidos vestidas por pneus Pirelli são slicks específicos para o uso em autódromos de medidas 305/645 e 305/680 respectivamente, que em conjunto com o aerofólio de fibra de carbono regulável traseiro ajudam a manter o carro sempre no chão. A carenagem é um misto de fibra de vidro e carbono para conferir leveza e resistência ao conjunto.

Os freios são da italiana Brembo com discos ventilados de 370mm de diâmetro na dianteira “mordidos” por pinças da mesma marca com 6 pistões. Na traseira são utilizados discos ventilados de 313mm com pinças de quatro pistões. Certamente não será com os freios que o piloto terá que se preocupar ao se aproximar da uma curva. A distribuição de frenagem pode ser configurada pelo piloto, possibilitando uma melhor tocada seja em circuitos rápidos ou travados.

Internamente, apesar de ser baseado no modelo de rua, vários reforços foram necessários para que a carroceria de 1.370kg fosse reforçada e garantisse a segurança do piloto em caso de algum acidente durante a competição além de travar a carroceria. Diversas partes do acabamento interno fora removido e em seu lugar algumas chapas de alumínio foram instaladas para facilitar a pilotagem e recobrir os chicotes elétricos que passam pelo interior. O volante italiano Momo é recoberto por alcantara, assim como os bancos-concha da OMP que receberam cintos em 3” de cinco pontas da Sabelt. O local destinado à unidade central do som na versão de rua, foi alterado e recebeu um console de fibra de carbono com três comandos. Logo abaixo do banco do passageiro está o extintor de incêndio, capaz de controlar o fogo em segundos. Os forros de porta foram substituídos por modelos moldados em fibra de carbono, ajudando a reduzir o peso.

Uma competição para poucos abonados, abastados e felizardos pilotos que tem nas mãos uma máquina capaz de tornar perfeito o final de semana de qualquer um que se aventure nesta categoria.
Comente essa Matéria... Texto: Rafael Souza | Fotos: Rodrigo Lira
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